É preciso ficar de olho na alimentação e hábitos diários deles
A obesidade humana é considerada uma questão de saúde pública que afeta milhões de pessoas espalhadas pelo mundo. E o aumento de peso atinge também animais de estimação, como cães e gatos. Tal fato explica-se porque os pets – considerados membros da família – acompanham o estilo de vida e hábitos alimentares de seus donos.
"Muitos animais recebem alimentação de forma errada, como guloseimas, entre elas, o consumo de biscoitos, petiscos e até restos de comida, o que contribui para o aumento de peso. A obesidade em pets decorre de um desequilíbrio entre o consumo e o gasto de energia", informa a veterinária Karina Nogueira Venturelli Gonçalves, do Departamento Técnico do Grupo Guabi.
Esse excesso de energia é acumulado no organismo em forma de gordura, tornando-se prejudicial à saúde dos bichos. São diversos os efeitos que a obesidade pode acarretar em cães e gatos, como a diabetes, problemas articulares e respiratórios, doenças de pele, menor expectativa de vida, entre outros. Porém, a obesidade em animais é considerada uma doença que pode ser tratada.
A maioria das pessoas não reconhece o excesso de peso em seus animais e, por isso, não procura o auxílio de um médico veterinário. O reconhecimento de peso a mais nos pets pode ser feito de diferentes formas, em animas de raça pura e vira-latas.
"Animais de raça pura, mediante o registro e acompanhamento de peso ao longo do desenvolvimento, após alcançar a vida adulta. Essa medida é adotada principalmente nos cães e gatos legítimos, em que o peso pode ser comparado ao padrão da raça", explica Karina.
Para os vira-latas, o método mais prático para avaliar o excesso de gordura corporal presente é a palpação do tórax e abdômen inferior do animal. Em um cão ou gato muito magro, as costelas e vértebras da coluna são visíveis e facilmente palpáveis.
Tratamento
Segundo Karina, o tratamento da obesidade em animais de companhia deve ser realizado sob orientação de um médico veterinário, que avaliará inicialmente a condição de saúde do pet e será responsável por orientar o proprietário da melhor forma para a elaboração de um programa de perda de peso.
Dicas
- Assim que o veterinário estabelecer a dieta ideal, haverá a necessidade e o comprometimento de todos que têm relação com o animal em cumprir o tratamento.
- Verifique possíveis mudanças alimentares, como, por exemplo, suspender o fornecimento de petiscos e guloseimas. O ideal é não fornecer calorias extras, uma vez que o tratamento só tem sucesso quando o gasto energético é superior ao consumo.
- Utilizar alimentos específicos e com baixa quantidade de calorias para a redução de peso e que contenha nutrientes essenciais ao organismo do animal, como vitaminas e minerais. Além disso, alimentos que possuam maior porcentagem de fibras e proteínas.
- Prática de exercícios quanto possível, sempre respeitando a condição física do animal. É uma maneira fácil de aumentar o gasto energético, contribui para a manutenção da massa magra e favorece a relação do animal com o dono.
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