quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Profissão

Posted by Força Jovem Maranguape On 09:47 No comments

Game designer

Uma profissão com grandes perspectivas num mercado bilionário


O Brasil, que tem uma numerosa população jovem, com a entrada das classes C e D no consumo dos aparelhos eletroeletrônicos e com a estabilidade da moeda, se coloca entre as nações do mundo que oferecem as melhores oportunidades para o crescimento do mercado de games. A estimativa do setor é que o segmento envolva atualmente mais de 40 milhões de jogadores no País.


Economistas acreditam que essa indústria fature US$ 73,5 bilhões, o equivalente a R$ 132 bilhões, nos próximos 2 anos, movimentando mais recursos do que os setores fonográfico ou cinematográfico. Com toda essa expectativa, surge uma profissão que promete ganhar um bom espaço no mercado de trabalho: game designer.


Este profissional pode trabalhar tanto na área de programação, sendo responsável por toda a tecnologia e sistema do jogo, como no setor artístico, desenvolvendo ilustrações e cenários, fazendo esboços, pintando ou fazendo animações em computador. A área da programação cria toda a estrutura do game, o alicerce onde vão acontecer as situações. A parte artística é a que dá a forma e a carenagem, o visual.


Para o artista Rodrigo Cardoso (foto ao lado), professor da Escola de Computação Gráfica Seven, que trabalha nesse ramo há vários anos, se a pessoa gosta de jogar games, já é um passo importante para se tornar um game designer. “Mas, não é só isso. É preciso estudar softwares e gráficos. Toda parte visual é feita através do Photoshop, programas de ilustração e programas de desenvolvimento em 3D para criar os personagens. Também é importante entender de programação. Não basta somente fazer o desenho e a animação. O personagem precisa de um comando para pular ou andar, por exemplo.”


O game designer já está sendo requisitado para desenvolver jogos para diversas plataformas em videogames (consoles de mesa e portáteis), computadores (cada vez com mais recursos), celulares, smartphones, etc. “O talento ajuda muito nessa profissão, mas o fator mais importante é o interesse, pois o volume de assuntos e temas que um profissional precisa estudar para atuar no mercado é muito grande. É uma atividade muito laboriosa. É fundamental estar sempre bem informado, sabendo o que acontece no mundo. Além de ter a técnica de desenhar, é preciso estudar perspectiva, proporção, luz ou iluminação, sombra, modelagem, texturização, anatomia, para fazer os corpos perfeitos e, em determinadas situações, é exigido até conhecimentos de arte cênica – para o desenvolvimento de uma situação”, diz Rodrigo, que já participou de vários projetos.


O processo de criação


Um game começa a ser criado a partir de uma reunião de pauta. Além da concepção, cujo roteiro lembra muito uma história em quadrinhos, são traçadas estratégias a partir do público alvo (poder aquisitivo, masculino ou feminino, nível cultural, faixa etária, etc.). Os games chegam ao mercado de forma segmentada. “O game designer tem funções parecidas como as de um diretor de cinema, ou seja, é o responsável por todo o projeto. Ele cuida pessoalmente ou designa tarefas para as equipes de arte e programação. Algumas empresas contratam profissionais como roteiristas e sonoplastas para dar suporte”, acrescenta Rodrigo.


Algumas produções de Hollywood já agregam a sua equipe um grupo de game designers, pensando no lançamento de um jogo tendo por base o enredo do filme. Atualmente, muitos games chegam ao mercado na mesma época do lançamento cinematográfico.


Muitas oportunidades de emprego


O professor Douglas Madeira (foto ao lado), coordenador acadêmico da Seven Games, afirma que existe hoje uma demanda muito grande pelo profissional desenvolvedor de games: “Empresas como Microsoft, Nitendo ou Tectoy estão instaladas no Brasil procurando pessoal especializado. Videogame não é só brincadeira. É um negócio muito rentável. Um jovem, com um ano e meio de estudos, já pode ter uma profissão muito bem remunerada.”


Existem projetos no Congresso Nacional que visam diminuir a carga tributária dos jogos eletrônicos. A indústria também divulga que é muito prejudicada pela pirataria e cobra medidas. “À medida que essas propostas forem aprovadas, teremos mais empresas no mercado e mais oportunidades de empregos. Muitos jogos também são criadores de novas tecnologias, que são assimiladas pela televisão e o cinema. Muitas vezes, existe a necessidade de se criar uma coisa nova, pois a que existe no mercado não é suficiente para atender o cliente. Existem laboratórios e pesquisadores voltados somente para essa demanda”, conclui o professor Douglas.

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